Já é sabido que o cenário de pandemia tem impactado todas as cadeias de produção, abastecimento e, consequentemente, os clientes finais. As regras de distanciamento e restrições na abertura de mercados específicos traduziram-se em novas curvas de demanda de consumo.
Porém, alguns segmentos ligados aos produtos essenciais já projetam uma retomada com crescimento para seus produtos e serviços. Como por exemplo a produção de filtros solares para o verão. Para atender as vendas no verão, esta programação com os fornecedores inicia-se durante o inverno.
E chegamos no problema!
Dentre as 2,74 milhões de empresas que continuaram em funcionamento até 15 de junho de 2020, cerca de 948,8 mil (34,6%), promoveram redução no quadro de funcionários, estima o Instituto Brasileiro de Pesquisa e Estatística (IBGE).
Esta redução de quadro, apesar de possibilitar a sobrevivência da empresa, traz um novo risco: Como estas empresas poderão acompanhar as projeções de crescimento de seus clientes?
Esta situação fica ainda mais crítica se o cliente incorrer num grau de dependência com estes fornecedores. A emissão de novos pedidos de compras deve ser muito criteriosa do ponto de vista da gestão de riscos.
A gestão de riscos da cadeia de fornecedores é característica de empresas com visão estratégica em Compras e que necessita monitorar a capacidade de atendimento em todos os níveis (fornecedores e subfornecedores).
Apesar de impactar a área de Suprimentos, a gestão de risco de fornecedores envolve iniciativas que contam com as perspectivas financeiras, práticas de compliance e questões jurídicas.
Este trabalho é constante e deve ser aprofundado cada vez mais nos produtos que representam maior significância nas estratégias de vendas da empresa compradora. Desta forma, pequenas inovações no gerenciamento das carteiras de compras poderão ajudar a mitigar os riscos, por exemplo:
• Medir a redução do quadro de funcionários pós-pandemia do fornecedor
• Mapear todos os pedidos em aberto com follow-up sistemático (diário, semanal…)
• Conhecer toda a cadeia de fornecimento (fornecedores primários, secundários, rede de transportadoras…)
• Conhecer o tamanho dos lotes de compras do fornecedor com seus subfornecedores
• Identificar os lotes de produção do fornecedor e lead-time até a entrega de seus pedidos
• Conhecer a capacidade de estoque do fornecedor
Assim, com uma comunicação robusta, fortalecendo o relacionamento com fornecedores e monitorando os riscos de falta de abastecimento, podemos nos preparar para enfrentar os desafios do crescimento em meio a esta crise.
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